Chapada dos Veadeiros: 5 anos depois. Nesse dia de nossa viagem pela Chapada dos Veadeiros, foi a vez de revisitar duas de suas mais famosas atrações: a cachoeira de Almécegas e o Vale da Lua.
Minha primeira viagem para a Chapada dos Veadeiros foi em 2009 e minha segunda passagem foi em 2012. A Chapada foi um dos primeiros destinos aqui do blog, e teve grande repercussão, se tornando uma de nossas viagens mais acessadas.
Voltar para a Chapada dos Veadeiros 5 anos depois tinha dois objetivos principais: o primeiro era atualizar esse conteúdo, que por conta do tempo poderia estar defasado. O segundo era levar o Cleber para conhecer esses lugares, já que em 2012 eu fiz a viagem somente com minha amiga Alexandra.
Mas o que mudou? O que permaneceu o mesmo? Vamos descobrir nesse dia de viagem até a belíssima cachoeira de Almécegas I.
Almécegas I: Uma das mais belas cachoeiras da Chapada dos Veadeiros
Localizada na Fazenda São Bento, Almécegas I possui uma das quedas mais impactantes
O dia amanheceu e entre o café da manhã, postagens no Instagram e Facebook, acabamos saindo da pousada somente às 8h30 e por volta das 9h estávamos no posto de gasolina enchendo o carro (R$ 90,00, a gasolina na Chapada é um pouco mais cara).
Nos nossos planos estavam ir para Santa Bárbara, em Cavalcante, mas chegaríamos lá só depois das 11h, então preferi deixar para o dia seguinte.
Seguimos para a minha cachoeira predileta na Chapada dos Veadeiros até então (Almécegas perdeu o posto para a Catarata dos Couros). Mas rola pela Almécegas um apego sentimental, já que foi a primeira que eu conheci.
Cachoeira Almécegas
Para chegar na Cachoeira Almécegas, é preciso seguir até a Fazenda São Bento de carro. As origens da Fazenda datam de 1840 e em 1947 a fazenda recebeu uma comitiva que ali passava para estudar onde seria a localização da nova capital do Braisl. Hoje, além de funcionar como ponto turístico, a Fazenda também é uma pousada.
Caso a internet do seu celular tenha tirado férias, é só pegar a estrada rumo a São Jorge (Rodovia GO 239, KM 8 à esquerda). A Fazenda São Bento fica mais ou menos no início desse percurso, a partir de Alto Paraíso.
Ao entramos na Fazenda, é preciso já pagar a taxa de visitação. São R$ 30,00 por pessoa (ref. maio/2017) para visitar as 3 cachoeiras: Almécegas I, Almécegas II e Cachoeira São Bento. O valor é bem mais caro do que em 2012, podem apostar.
Considerando que a única estrutura no lugar é a própria trilha e um mirante que eles construíram de frente para a Almécegas I, ainda acho caro para os padrões de hoje. A fazenda oferece uma série de outras atividades, como rapel, passeio a cavalo, tirolesa, mas todas precisam ser reservadas e pagas à parte.
Enfim, já que não há remédio, pagamos a taxa e seguimos no carro por mais 3km até um estacionamento, onde deixamos o carro e seguimos o restante a pé.
Trilha até Almécegas I
A trilha até Almécegas I tem cerca de 1.000 metros de extensão, mas o grau de dificuldade ocorre em função das subidas e dos degraus de pedras. São altos e é preciso esticar as pernas a maior parte do tempo. O pessoal da fazenda considera a trilha nível de dificuldade 6 (numa escala de 1 a 10). Eu concordo.
Apesar de cansativa por conta das subidas e dos desníveis, a trilha não apresenta grandes dificuldades técnicas.
Mas vamos lá, depois do primeiro trecho de subida, encontramos uma área plana. Aqui há uma bifurcação e você pode optar por ir para as piscinas (área superior da Almécegas I) ou seguir para a própria cachoeira. Seguimos para a cachoeira primeiro.
Mirante
A primeira parada é no mirante para a Almécegas I. A chegada é impressionante e o visual da cachoeira, visto de frente, é de tirar o fôlego.
A cachoeira continuava maravilhosa, como nas minhas memórias e fotos daquele lugar tão incrível. Minha amiga Alexandra me lembrou aqui nos comentários que quando estivemos lá, eu prometi que iria trazer o Cleber para conhecê-la. Missão cumprida.
Mas eis que surgem diferenças. Eles construíram um mirante de madeira, bonito até, mas que bloqueia boa parte da cachoeira para quem quer tirar fotos com ela. Ou seja, o que antes era um grande descampado onde era fácil fazer retratos com a cachoeira atrás, agora virou um mirante com cordas que obstruíem boa parte da visão da cachoeira.
Encontramos um cantinho onde conseguimos tirar umas fotos sem o mirante atrapalhando a visão. Enfim, a ideia de construir o mirante até foi boa, mas no final das contas acabou prejudicando as fotos dos visitantes.
Na base da Almécegas I
Descemos a trilha até encontrar a base da cachoeira. Para quem estava impressionado com a cachoeira vista do mirante, chegar pertinho é ainda mais impactante. E entrar nela então.
Uma pena que não sei nadar, mas o Cleber seguiu até a base da cachoeira e consegui fazer uns bons registros dele lá embaixo daquela imensa queda d’água. Até tentei entrar um pouco na água, mas ela é bem gelada.
Enfim, curtimos bastante a base da Almécegas e depois de 1 hora que passou voando (a trilha levou cerca de 30 minutos) voltamos para conferir de perto das piscinas.
Elas são bem rasinhas mas o mais legal é conferir o visual de cima, daquela cachoeira imponente que há pouco tempo nós tínhamos visto de baixo.
Almécegas II e São Bento
Chegamos no estacionamento. Lá pegamos o carro e seguimos mais 1km até novo estacionamento, da Almécegas II. A trilha é bem tranquila, 300 metros até a cachoeira.
Na Almécegas II, a curiosidade é que nós já chegamos no topo da cachoeira, bem pertinho de sua queda. Os mais corajosos descem no poço, seja pelas paredes ou pulando. Enfim, não fizemos nem um nem outro e achamos a cachoeira bem inferior à primeira.
E o que dizer da Cachoeira São Bento. Formada por um imenso poço e uma queda d’água distante, essa cachoeira foi ainda mais desinteressante. Por isso, apesar da taxa de R$ 30,00 valer para as 3 cachoeiras, o ponto de interesse maior na verdade é Almécegas I.
Almécegas: missão cumprida. Mesma beleza de outrora. Voltamos para a estrada e seguimos ainda mais no sentido de São Jorge para visitar o Vale da Lua.
No caminho para São Jorge: Jardim de Maytreia
A estrada até São Jorge é agora toda asfaltada (antes, metade dela era de terra), o que agiliza bastante a locomoção entre as duas cidades. Achei interessante também que eles reservaram uma pista para ciclistas, muito bem projetada.
No caminho, o Jardim de Maytreia, lindo, ainda está exatamente igual.
E seguimos para o Vale da Lua. Fiquem ligado para os outros posts da nossa viagem.
Confira nosso guia completo: Chapada dos Veadeiros – Dicas e Roteiro de Viagem
FICHA TÉCNICA:
Passeio: Almécegas I
Direção: Alto Paraíso de Goiás, Chapada dos Veadeiros
Produção: R$ 70,00 por pessoa (ref. maio/2022)
Fotografia: Fabio Pastorello
O melhor: A queda Almécegas I vista de seu enorme poço pela manhã: é um visual cinematográfico
O pior: O Cachoeira São Bento é bem simples e o ponto mais fraco da visita
Ano: 2017
País: Brasil
Avaliação: ★★★★★
9 Comentários
Post pouco informativo e cheio de opiniões pessoais que claramente vem de alguém muito mais preocupado com tirar fotos do que aproveitar o lugar e a preservação ambiental do mesmo. Nota zero.
Quero conhecer pode mandar a localização??
Oi Neuraci, segue a localização: https://goo.gl/maps/EVUqquzJbmeixzyJ8
Quanto tempo devemos dedicar para esse passeio nas cachoeiras Amécegas I e II e Cachoeira de São Bento?
Oi Marcieli, depende do seu ritmo, mas em 2 a 3 horas já dá para conhecer as 3 cachoeiras. Abraços.
Como faço para ir até esse paraíso sou de Belém do Pará
Oi, Dioneia. Dá uma olhada no nosso guia passo a passo da Chapada dos Veadeiros: https://www.viagenscinematograficas.com.br/2017/05/chapada-dos-veadeiros-dicas.html
Lembro de você gravando um vídeo para o Cleber, dizendo que o levaria lá. Missão cumprida!!! Lendo seu post, lembrei da nossa gostosa trip!
Menina, nem lembrava dessa promessa em vídeo. Adorei. Nossa viagem em 2012 foi deliciosa, obrigadão pela companhia!!!