Praia do Patacho, Associação Peixe-Boi, Praia de Lages, todos esses atrativos da Rota Ecológica de Alagoas ficam no município de Porto de Pedras. Mas muita gente se refere a eles como se fizessem parte de São Miguel dos Milagres, cidade vizinha.
Mas vamos dar o mérito aos lugares certos. Porto de Pedras já é um município emancipado desde 1921. Aliás, o centrinho de Porto de Pedras é bem simples mas muito mais charmoso do que a vila de São Miguel de Milagres ou de Porto da Rua. Deu vontade de ficar hospedado por lá.
E o que dizer da colorida vila de Tatuamunha? Ali pertinho fica a Associação Peixe-Boi, local de um dos passeios mais concorridos e peculiares da região.
O Farol de Porto de Pedras é visto de vários lugares e fica às margens do rio Manguaba, que separa Porto de Pedras e Japaratinga. Lá do alto, a vista (um pouco improvisada) é um atrativo a mais. Confira mais sobre esse charmoso destino do litoral norte de Alagoas.
O que fazer em Porto de Pedras: Praia do Patacho e Projeto Peixe-Boi – Alagoas
Conheça essa cidade ao lado de São Miguel dos Milagres que traz algumas das praias mais bonitas de Alagoas
Praias, passeios ecológicos e bons restaurantes são algumas das opções entre o que fazer em Porto de Pedras.
Para quem vem de Maceió, é preciso cruzar a Rota Ecológica até chegar por aqui. No trajeto, atravessamos destinos como Paripueira, Passo de Camaragibe (a partir de Barra de Santo Antônio é preciso fazer um pequeno desvio para o interior) e São Miguel dos Milagres. A viagem dura cerca de 2h30.
Letreiro fica localizado no centro de Porto de Pedras, perto da travessia de balsa
Cruzando o Rio Manguaba
Quem chega de Recife, Maragogi ou Japaratinga, é preciso cruzar o Rio Manguaba de balsa e chegar em Porto de Pedras. O trajeto atravessando o rio já é um passeio. Enquanto vamos se aproximando da cidade, a paisagem se completa com o Farol, símbolo da cidade e localizado no alto de um morro.
Quando a balsa encosta nos domínios de Porto de Pedras, é possível encontrar uma cidade pacata, com casas coloridas, crianças brincando pela rua e a água do rio Manguaba como cenário.
Farol de Porto de Pedras
Vale a pena subir uma ladeira íngreme e chegar no alto de Porto de Pedras, onde fica o seu Farol. Nós fomos a pé mesmo, pois tínhamos lido um alerta do Gleiber do Andarilhos do Mundo de que não havia muito lugar para estacionar lá em cima.
A verdade é que a própria entrada no Farol é controversa. Há um aviso da Marinha dizendo que a entrada é proibida, mas um enorme portão aberto. O que fazer??? Um rapaz estava dormindo na base do farol e nos chama para mostrar um mirante. De alguns pontos diferentes, é possível visualizar as praias mais próximas.
Por entre as árvores, é possível ver a orla de Porto de Pedras e o incrível modo como a água do rio toca a água do mar, bem verdinha. As cores se alternam numa paisagem belíssima.
O rapaz ainda falou um pouco sobre algumas curiosidades do lugar e mostrou uma pintura dentro do farol.
Vista do Farol de Porto de Pedras permite avistar a praia e a foz do rio Manguaba
O Farol tem 90 metros de altura e foi inaugurado em 1933.
No final das contas, a vista do Farol de Porto de Pedras é bonita, mas o lugar é um tanto improvisado e é um pouco incômoda essa situação da entrada proibida. Só visite se estiver com tempo sobrando.
Veja mais em nosso vídeo do YouTube.
Praia do Patacho
Após a visita ao Farol, descemos e seguimos até a maior atração de Porto de Pedras: a Praia do Patacho.
Essa praia já foi considerada uma das praias mais bonitas do Brasil. A julgar pela nossa visita, considero essa classificação super estimada, mas a praia é mesmo muito bonita.
Praia do Patacho na maré cheia: infelizmente o mar contava com muitos detritos e algas
Acontece que visitamos Alagoas no mês de setembro, após um período longo de chuvas. No mês de julho tinha chovido praticamente todos os dias por lá e até setembro as chuvas ainda eram frequentes. Talvez por isso a água estava turva e não tão cristalina como se espera de um destino com a fama de ser o Caribe Brasileiro.
Encontramos também muita sujeira na água do mar, inclusive lixo humano. Não é à toa que o governo de Alagoas colocou em todas as praias a seguinte mensagem: A Praia é Nossa, O Lixo é Seu.
Via de acesso para a Praia do Patacho (à direita): boa quantidade de vagas para estacionar
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Como Chegar
Enfim, visitamos a Praia do Patacho em dois momentos do dia. O acesso é fácil, só pegar o caminho que tem o Posto Patacho na esquina.
A estrada é de terra mas dá para circular normalmente, e chegando na praia tem bastante lugar para estacionar.
Não há estrutura nenhuma, então é bom levar bebidas e quem sabe algo para comer, dependendo do tempo que você vai ficar. Mas não se esqueça do lixo, hein?
Em um primeiro momento, encontramos Patacho com a maré baixa, com a água em tons de verde e azul turquesa. Dava para ir caminhando até os corais, ou optar por um jangadeiro (por volta de R$ 40,00 por pessoa). Como a água fica muito rasinha, esse momento não é muito propício para quem gosta de nadar ou mergulhar.
Caminhando na maré baixa pela Praia do Patacho
Voltamos mais tarde, com a maré mais cheia. Aí sim, dá para os adultos curtirem o mar e a faixa de areia fica mais bonita, com os coqueiros mais próximos das águas cor de Caribe. Parecem duas praias diferentes.
Praia da Laje (ou Praia de Lages)
Outra praia que vale a visita é a Praia da Laje (muita gente escreve Lage ou Praia de Lages, mas a escrita da palavra correta, segundo os dicionários, é com a letra “j”).
A chegada impressiona, através de uma enorme plantação de coqueiros. O acesso pela estrada estava com muita lama, ficamos com bastante receio de atolar e paramos um pouco antes de chegar na praia.
Chegada com muitos coqueiros na Praia da Laje, ao lado do Patacho
A praia guarda as mesmas características de Patacho, com a diferença de ser em formato de meia lua.
Na entrada, dois quiosques garantem bebidas e água de coco.
Deliciosa água de coco na Praia da Laje
Tatuamunha e Projeto de Preservação Peixe-Boi
Finalmente, não dá para deixar de fora o lindo povoado de Tatuamunha, com casarões históricos e a visita até a Associação Peixe-Boi.
O povoado possui casas e praças encantadoras, e uma pequena igreja, a Igreja de São Gonçalo.
O colorido povoado de Tatuamunha, na Rota Ecológica de Alagoas
Quanto Custa e Como Reservar o Passeio para ver o Peixe-Boi
O passeio para ver o peixe-boi pode ser agendado por WhatsApp (Associação Peixe-Boi (82) 99359-7473).
É recomendável a reserva, pois há um limite de pessoas por dia. E assim você também garante o horário de sua preferência.
O preço é um pouco salgadinho, na minha opinião. Custa R$ 50,00 por pessoa e inclui o guia e um passeio de cerca de 1 hora. O barco segue até próximo de um criadouro de peixes-boi, onde eles se readaptam à natureza.
O valor acaba compensando para incentivar um belo projeto. Um grupo de guias comunitários se uniu para ajudar a preservar os peixes-boi em seu habitat natural e ordenar o turismo de observação. O projeto faz parte da APA Costa dos Corais, que garante a preservação do litoral norte de Alagoas.
O peixe-boi é a espécie de mamífero aquático mais ameaçada de extinção no Brasil, classificada como “em perigo crítico” desde 1989 (MMA, 2010).
O projeto gera renda para mais de 40 famílias, além de ajudar a preservar a espécie. Portanto, encare o valor do passeio como um investimento nessa bela iniciativa.
Navegando pelo rio Tatuamunha em busca dos peixes-boi
Como Funciona o Passeio
A Plano de Manejo permite interação mínima, então tudo o que se faz na jangada é se aproximar dos animais. Quando eles aparecem, dá para ficar perto deles, mas tocar não é permitido em hipótese algum. Em alguns casos, pode ser até que eles se debruçem sobre a jangada, mas não aconteceu conosco.
Segundo nossa guia Carla, os meses de junho e julho, por serem mais frios, são quando o peixe-boi dá menos as caras. Nessas situações, ele prefere ficar debaixo da água mesmo. Sabe aquele friozinho que você tem quando sai do mar?
Como nosso setembro também não era dos mais quentes, apenas conseguimos ver o bichão emergir de tempos em tempos para respirar fora da água.
Os guias tentam se aproximar dos peixes-boi com muita tranquilidade e em barcos não motorizados
Praia de Tatuamunha
Não deu tempo para nós, mas ainda dá para conhecer a Praia de Tatuamunha.
É lá que se encontra a foz do rio Tatuamunha, o mesmo onde se faz o passeio para ver o peixe-boi. O lugar também é conhecido como Boca do Rio e uma das divisas do município de Porto de Pedras. Após o rio, já estamos em Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres.
Praia da Laje e todas as cores do mar da Costa dos Corais, em Alagoas
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Fontes:
- Prefeitura Municipal de Porto de Pedras – História
- Site Oficial da Associação Peixe-Boi
- Guia de Praias da Rota Ecológica no Viaje na Viagem
20 Comentários
Olá td bm,amei suas dicas, estamos pensando em ir pra lá comemorar aniversário d casamento,e achei super jóia suas avaliações,mas fiquei com uma dúvida,qual o melhor mês pra visitarmos as regiões d São Miguel dos Milagres e Porto das Pedras, visto q queremos.por td dentro do mesmo pacote e quantos dias em média deveríamos ficar por lá pra fazer todo esse roteiro junto,um grande abraço,vc é ótimo no q faz…♥️♥️
Muito obrigado pelas dicas!
Nós é que agradecemos Cristiano. Abraços.
Vocês se sentiram seguros lá? Vi comentários de pessoas que foram furtadas.
Oi, Camila. Muito seguros, não tivemos problema algum. Mas nossa viagem foi em 2017, sinceramente não sei te dizer se houve piora nesse sentido. Mas como nossos artigos de Alagoas têm muitos acessos, não me lembro de nenhum comentário nesse sentido. Abraços.
Estava assistindo um filme no Arte1, ambientado em Porto de Pedras. Fui pesquisar na internet e dei de cara com esse post de vocês. Que maravilha! Assisti o vídeo e fiquei com muita vontade de ir, quando for possível. Beijos pra vocês.
Que maravilha, Loanda. Porto de Pedras é uma delícia, vale muito a pena ficar por lá. Beijo grande.
Ola!!! Parabéns!Adorei seus posts e absorvi ótimas dicas!!! Mas para hospedar você acha melhor porto de pedras ou São Miguel?
Obrigado pelas dicas. Fizemos esse roteiro como vcs indicaram e foi lindo!! Parabéns pelo trabalho de divulgação que fazem! Bjs e abraços.
Igual os passeios de Maragogi pra ver os peixes só levando farelos de pão que é proibido mais os fotógrafos levam.
A praia do patacho faz jus ao nome sim. É a praia mais linda que ja fui. Mas pra apreciar toda a beleza do mar e ver todos os tons de azul, tem que ir numa época que esteja fazendo bastante sol. Na chuva, realmente a praia não vai aparecer muito bonita. Ja fui nas duas épocas (de sol e de chuva) e a diferença realmente é grande.
Faz jus à fama e não ao nome como falei.
Obrigado por compartilhar sua experiência Lais. Abraços.
Qual o melhor horário para ir às praias? Nossa, cheguei aqui em São Miguel ontem, estou mto decepcionada.
Ainda não consegui pegar uma praia igual está nas fotos. Praias sempre com a maré cheia. Nada de rasinho… Nada de caminhada dentro do mar.
Que pena Talita. É muito importante consultar a tábua das marés e verificar o horário da maré mais baixa. Abraços.
Também tive a mesma impressão da praia de patacho, muito bonita, mas de fato a minha espectativa lá não foi atingida, fui agora em janeiro e também estava repleta de algas, o céu tbm não ajudou, com muitas nuvens a água não estava tão linda quanto nas fotos… :'(
É uma pena mesmo Natália. Ainda voltaremos lá na região mais uma vez para conferir. Te conto. Abraços.
Pra ver a água linda igual às fotos, tem que estar fazendo bastante sol.
Parabéns pelas dicas e material do lugar!
Obrigado Vladimir. Abraços.